Um transtorno bipolar, uma doença... mais do que tudo uma dor!
«Há bem pouco tempo uma amiga minha fazia e sentia coisas que nem ela sabia porque as fazia e porque as sentia. Ela tinha mudanças de humor, tanto estava contente como de repente ficava triste, distanciava-se de tudo e de todos, só estando bem sozinha, ela fazia cortes profundos na pele com um x-acto e só parava quando visse sangue a sair do corpo. Eu tentava ajudá-la, tentava que ela parasse de se cortar, tentava que ela parasse de chorar. Um dia ela disse-me “eu tenho uma doença”, e eu não acreditei muito, cheguei mesmo a ignorar aquilo que ela disse, visto que ela apenas tinha feito um teste na internet! Hoje depois de saber tudo o que sei acerca da doença arrependo-me imenso de a ter ignorado, arrependo-me de não a ter ajudado na altura e só ter ajudado depois, se calhar se eu a tivesse ajudado aqueles cortes não seriam tão graves ao ponto de deixarem cicatrizes para toda a vida. Mas ainda hoje me pergunto o que é que eu poderia fazer para parar um transtorno bipolar?! A resposta é nada, só quem passa por um transtorno é que pode pará-lo e só quem vê os cortes e as mudanças de humor é que percebe a dor que é ver essas coisas e não poder ajudar e não poder fazer nada! É uma dor horrível, acreditem e não desejo a ninguém que passe pelo mesmo, mas se passar tentem ajudar o mais rápido possível, antes que as coisas se agravem. Depois, pode ser tarde demais.»
História Verídica.
